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* Augusto dos Anjos
Eu disse - Vai-te, estrela do Passado!
Esconde-te no Azul da Imensidade,
Lá onde nunca chegue esta saudade,
- A sombra deste afeto estiolado.
Disse, e a estrela foi p'ra o Céu subindo,
Minh'alma que de longe a acompanhava,
Viu o adeus que ela do Céu enviava,
E quando ela no Azul foi se sumindo
Surgia a Aurora - a mágica princesa!
E eu vi o Sol do Céu iluminando
A Catedral da Grande Natureza.
Mas a noute chegou, triste, com ela
Negras sombras também foram chegando,
E eu nunca mais vi a minha estrela!
Sou fã incondicional de Augusto dos Anjos e é o único escrito que fala da dor e da crueldade humana nua e crua como ninguém. Desde o primeiro verso que li, aos 14 anos sempre que posso, procuro alento nas palavras do mestre Augusto.
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